Marchand convidou o catarinense Luiz de Souza para retratar o extinto pássaro em mostra que será apresentada em Porto Alegre
O marchand Renato Andreuchetti é o nome à frente da iniciativa que apresentará as obras do artista plástico Luiz de Souza em Porto Alegre, na quarta-feira (22). A exposição, que terá vernissage das 14h às 20h, na Essenza Casa e Jardim, loja do empresário André Strauch, dá continuidade ao projeto Dodô, idealizado por Renato no ano passado. A ideia é introduzir o extinto pássaro dodô no cenário brasileiro como um símbolo de conservação e preservação ambiental. O animal, que dançava entre as árvores e cuja existência foi dizimada nas Ilhas Maurício, no século 16, agora é homenageado em óleos sobre tela.
Depois do sucesso da estreia “Um Bando de Dodôs”, que contou com o pintor paulista Igor Villa criando obras contemporâneas, é a vez de do catarinense Luiz de Souza retratar o pássaro com seu realismo fantástico em 17 trabalhos para a mostra “Dodô”. Com ambientação do designer de interiores Alexandre Brocker, a exposição poderá ser visitada até 9 de dezembro.
— O dodô ser retratado por pintores, escultores e amadores desde o século 16 é uma tradição europeia, meu trabalho consiste em tornar a história do dodô mais conhecida aqui no Brasil — comenta o marchand.
A primeira fase do projeto compreende uma série de três mostras intimistas, com artistas convidados — a com Luiz de Souza é a segunda —, sempre em Porto Alegre. Uma experiência de exposição imersiva, planejada para 2024, é a próxima fase da iniciativa inédita.
Os dodôs, alheios ao mundo exterior, foram descobertos por marinheiros em 1598. Sua natureza amigável e falta de medo os tornaram presas fáceis para os exploradores, levando à sua extinção em menos de um século. Foram oficialmente declarados extintos em 1683. Hoje, imagens dos dodôs são muito mais do que a lembrança de uma criatura perdida, sendo ainda uma referência para a ecologia e a preservação ambiental.